Entrevista - Patrick Vidal

Leveza, estilo e muito pop, são características do seu skate. Alegria, humildade e carisma são sinônimos de sua pessoa. Skatista amador que vem deixando todos de boca aberta com seu nível técnico em diferentes picos. Anda em borda, gap, manual e no que mais precisar, a diferença é que faz manobras complicadas parecerem fáceis em qualquer um destes picos. Verdadeiro representante das ruas do sul do Brasil vem deixando marcas em muitas cidades brasileiras e também em outros países como Chile e Espanha, sempre com um sorriso no rosto. Ainda por cima, costuma se destacar em campeonatos, aonde vai com o maior prazer para rever os amigos. Evolução é uma palavra que não faz parte somente do seu vocabulário mais sim do seu dia-a-dia, prova disso é o empenho para aprender novas manobras na promoção que leva seu nome. O entrevistado do mês no Skate Saúde é um dos skatistas amadores que mais tem se destacado nos últimos anos, é com muito respeito que apresentamos Patrick Vidal, um cara que ainda vai dar muitas alegrias ao skate brasileiro.


Foto-Guilherme Medeiros

Nome: Patrick Denis Vidal
Idade: 22 anos
Tempo de skate: 11 anos
Local: Canoas
Patrocínio: ÖUS

F/S Nollie Foto-Alex Brandão
SS- Salve Patrick, para começarmos gostaria de saber como foi seu início no skate e como é atualmente a cena em Canoas sua cidade natal?
Salve galera do Skate Saúde. Então meu inicio no skate foi vendo meus amigos aqui mesmo na minha rua, eu jogava bola na época como é costume de todos, mas vi o skate como uma parada diferente que me chamou a atenção. Comecei a pedir emprestado e depois de um tempo de tanto pedir, minha mãe descolo uma grana e tive meu primeiro skate, usado, mas com as peças muito boas. Atualmente tenho meu camarada de sessão local que é o Kederley Gonçalves amigo que começou a andar bem na mesma época que eu, hoje vejo uma nova geração na minha área colando no IAPI, porque aqui em Canoas ainda não temos uma pista local apropriada.

SS- Quais os principais sons que você costuma escutar tanto andando de skate como quando está de boa, e você acha que a música influencia na hora da sessão?
Gosto de ouvir instrumentais, muito som nacional como Parteum, Kamau, Contra Fluxo, Elo da Corrente e alguns Djs. Na sessão depende muito, mas gosto mesmo é de ouvir o barulho do skate (risos).

SS- Porque a cena de skate no sul do país é muito forte no skate de rua, sempre nos apresentando grandes talentos?
Na minha época, o que me influenciou muito foi o vídeo da Matriz, o vídeo foi uma escola das ruas aonde eles fazem varias viagens mostrando o que o skate gaucho pode fazer. Aquilo me inspirou a fazer o que gosto de fazer hoje, que é viajar e aproveita os lugares e culturas diferentes. A rua é isso, e é claro que ter uma Skate Plaza como IAPI deu muita base para todos aqui.

SS- Como foi ter feito uma parte no vídeo Simplesmente e qual foi a repercussão deste trabalho?
O Simplesmente é um projeto independente. O corre de fazer o vídeo é sinistro porque tem que ter muita disposição de todos envolvidos. Eu participo desde o inicio e ter conseguido fazer minha primeira parte foi o primeiro passo alcançado por mim.
Este trabalho que foi a porta de entrada para os meus primeiros patrocinadores. Como o corre não pode parar, estamos trabalhando encima da 3° edição que deve sair no meio do ano.


SS- Você está desde o início na OÜS e está fazendo um trabalho brilhante junto da marca, como foi sua entrada para a equipe e como é fazer parte deste time?
Obrigado. Minha entrada surgiu ao natural que foi quando o Rafael Narciso entrou em contato comigo para nós podermos fazer um trabalho junto, fechamos na primeira reunião. Com certeza sabia que aquilo seria uma nova época e de muito trabalho porque uma marca nova precisa mostrar as caras, e estamos trabalhando pesado. Me indentifico muito com a marca e hoje faço parte de uma família que só tem a crescer.

SS B/S Tailslide Foto- Gian Naccarato
SS- Já muitas imagens sua em diferentes cantos do Brasil, pelo sul, por São Paulo, Brasília e recentemente por Campo Grande, como você enxerga o skate nas diferentes regiões do Brasil e o que você acha que ainda deve melhorar por aqui?
Bom, nos lugares que já conheci vejo muito talento no skate e pouca condição é difícil segurar à bronca, porque peça é cara e a condição é pouca em muitas situações. Em Campo Grande foi uma experiência muito boa, cidade linda mais conhecida como "cidade morena", a cultura de lá é diferente de todas que já conheci. Aqui no Brasil tem muito pico para andar de skate em diversas cidades e o que ainda falta é essa união entre os skatistas ser mais estendida e que não pode parar.

ODP - Patrick Vidal from LeoCoutinho on Vimeo.
SS- Como foi participar do “Portunol em las cales” com a equipe da OÜS, qual a principal lição que você tirou deste intercambio cultural e de skate com nossos vizinhos chilenos?
No inicio, a primeira lição foi ter que aprender a falar espanhol (risos). É uma cidade muito bonita, tem variedades de picos, é uma vibe boa. E claro lembrando que o Gabriel Roco que fez essa ligação dar certo para todos nós também, "Salvar a la Calle".

Öus no Chile from ÖUS on Vimeo.

SS- Para finalizar gostaria de te agradecer pela entrevista e saber quais são seus planos para o futuro?
Certo, é estar andando de skate todos os dias com meus amigos, quero poder fazer mais uma trip pela Europa esse ano, e estar focado apenas em skateboard.

Agradecimentos: A Deus por iluminar meu caminho, aos meus amados pais que estão ali do lado prontos a ajudar no que for possível, a Öus e tambem agradecer pelo espaço. Valeu.
Paz é nóis!
Postado por Skate Saúde