
s/s pop shove-it k-grind
A muito tempo que você está na missão com a Bs Crew , desde que foi criada vocês produziram diversos videos.
A proposta era isso mesmo , ou foi delírios de uma emoção durante uma conversa com os amigos ?
Sempre filmei, então começar a fazer os vídeos da BS CREW foi uma coisa que aconteceu naturalmente, e acredito que por isso deu certo ate hoje.
Ouvi dizer que vocês vão produzir o box da BS Crew ? isso é um fato inédito no Brasil , pois o mercado não costuma valorizar o trabalho dos profissionais de vídeo ?
Na verdade vou produzir o Box do Underground Style, que é um projeto meu de muito tempo atrás,e com certeza vai ser ótimo pois vou usar de base para lançar o Box da BS CREW em breve.
Qual foi sua verdadeira inspiração para produzir seus vídeos ?
Acho que tudo começou com curiosidade em se assistir andando de skate para ver como estava o estilo , em melhorar as minhas próprias manobras, e eu gosto de me ver andando, mas sempre me interessei em ver como era as filmagens com os caras andando de skate, foi daí que comprei minha primeira camera meio a meio com o André Genovesi, não sabia nem como ligar , e daí em diante me empenho ao máximo para evoluir cada vez mais nas filmagens e no geral.

Fakie Nosegrind foto: Robson Sakamoto
Como faço vídeo muito antes de existir a internet, não vejo problema, na real nunca curti colocar meus vídeos no youtube, faço um numero de copias e quem têm têm, quem quizer de qualquer maneira, copia um do outro, acho melhor pois fica mais valorizado e limitado.
Quantos anos que você atua na cena do skate profissional brasileiro ? E , oque mudou ao longo da sua tragetória no comportamento dos skatistas, eventos ,tuors e demostrações ?
Faz 16 anos que sou profissional, muita coisa mudou e tem que mudar, por exemplo quando passei para profissional nem tinha muito tours, eu ia viajar para os campeonatos e isso era meio que uma “tour”, hoje em dia várias marcas fazem tours pelo mundo independente de campeonatos, e acho que agora já têm que começar a pensar em outras coisas, evoluir com as idéias e criar algo novo, diferente, essa mudança e muito importante.
Acredito que a categoria sofreu muito ultimamente com a falta de eventos ( em especial São Paulo ) quando rola acontece eventos isolados pelo país, ou campeonatos para skatistas profissionais convidados,oque você pode dizer sobre todas essas mudanças ?
Os eventos são complicados, acho que está muito parado no tempo, às vezes você vê alguns eventos com formatos diferentes, mas no fundo ainda são atrazados e sobre o numero de eventos nem se fala, coitados daqueles profissionais que sempre esperavam um cronograma anual, ou um circuito sei lá, esse ano falta 02 mêses para acabar o ano, e teve um campeonato street profissional que foi lá em Fortaleza, onde o custo de ir para lá, e o mesmo para ir para Europa , ai vai de cada um né.
As marcas gringas que aportaram por aqui, não se preocupam em organizar um circuito profissional , mas querem vender para comunidade do skate brasileira ,qual é sua visão sobre o mercado brasileiro antes das marcas gringas, e depois das marcas gringas estarem por aqui ?
Eu acho que o problema não são tanto as marcas gringas, e sim quem está envolvido nelas, os gringos tem qualidade de produto, mas se as pessoas que resolvem trazer para Brasil ,não souberem trabalhar não adianta nada.
Tenho muita fé aqui no Brasil, pois aqui evolui muito, o mercado daqui têm que fazer por onde, se basear nos gringos com admiração,mas sem pagar pau e sem copiar, aproveitar oque temos aqui e mostrar que podemos ser melhores,e mostrar para nós mesmos.
Na época dos eventos feitos por marcas nacionais , os profissionais reclamavam que eram mal remunerados , mas ganhava em cima de eventos , você que vivenciou tudo isso desde seu inicio como profissional ,que época foi melhor ?
Sou da opnião que sempre e agora é a melhor época, o hoje, temos que lutar sempre ,tentando fazer o melhor que assim seja a melhor época, vai ser a de agora e a que esta vindo no futuro próximo.

S/S Frontside Smith Grind Foto : Marcelo Mug
Em tudo na vida acho que têm que procurar se envolver com pessoas certas e no skate e a mesma coisa, é embaçado essa desvalorização pelas pessoas que estam a 20 anos andando e no corre de divulgar o skateboard, pois são essas que fizeram lá atraz e refletiu para as coisas estarem melhor agora, e muito ruim você ver o tempo passando. Vindo aquela insegurança de que uma hora para outra você pode ser mandando embora, perder um patrocinio, por isso o jeito e se unir com pessoas certas de verdade para não ser esses descartados.
Talvez porque o brasileiro não cultua ídolos skatistas mais velhos ! Como existe nos Estados Unidos , como Cristian Hosoy,Ray Barbee , Steve Cabalero e Mark Gonzales !!!!
Oque você planeja fazer quando não conseguir viver profissionalmente aqui no Brasil ?
Naturalmente vou estar trabalhando com skate, e pretendo fazer alguns cursos e o que for possivel pelo skate.
Conta um pouco como foi a parceria entre você e a marca Ous shoes , qual foi os elementos de inspiração para lançar o seu model , quem foi o artista que desenhou a palmilha, e como surgiu a idéia de contar um pouco da historia da familia Naccarato ?
Conheço o Rafael Narciso e a sua familia a muito tempo, e a parceria vem de longa data de muita amizade, consideração e respeito desde sempre, tenho o prazer e a satisfaçao de dizer que sou muito amigo de toda a equipe e me sinto muito bem ao lado deles.
O Narciso me ajudou total na elaboração do meu model, o Laídio Tavares que é amigo nosso tamben de mili anos,é um artista muito style que desenhou a palmilha que retrata a historia do sobrenome Naccarato.
Como o model chama Naccarato, resolvemos contar de onde originiou os Naccaratos, resolvemos colocar uma etiqueta com o nome na lingua do tênis na parte de dentro que eu particulamente acho mais style, mais discreto.

Chain-chain Foto : Marcelo Mug
E na lingua está escrito o sobrenome Naccarato D”AZURRO AL LEONE D’ORO que significa NO AZUL O LEão DOURADO, os mergulhadores no sul da Itália, mergulhavam com a força de um Leão Dourado no fundo do mar para buscar um material de dentro das conchas, esse material brilhava com varias tonalidades e tinha o nome Nacar e com ele eram feitos varios utensilios e jóias valiozas que eram denominadas “Nacarados” de onde originou o sobrenome Naccarato.
A Ous é uma marca que explora pelo lado positivo a imagem do skatista, e ao mesmo tempo valoriza ainda mais os skatistas , quais são as ações de Marketing que você têm participado com eles ?Procuro participar em tudo que posso, em 02 anos de marca já rolou muita coisa boa , eu estou na marca faz 01 ano e 04 mêses mais ou menos ,e já viajei para muitos lugares, Barcelona, Chile, EUA, várias cidades aqui no Brasil e participei de vários vídeos, anuncios e pretendo participar mais e mais com o crescimento da marca.
Como foi o video da Ous ( R$ 31,00 ) vivendo em Barcelona por mais de 01 mês. Qual era a alimentação para gastar tão pouco, num país com a moeda bem mais cara com o Euro ?
Na verdade ficamos 22 dias e foi muito produtivo, filmamos muito, andei praticamente todos os dias, todos mesmo, foi muito skate/ trabalho, fomos bem focados, a ÖUS já agilizou tudo antes, lugar para ficar ,e lá comiamos onde ficamos hospedados, faziamos comida, arroz, macarrão, passamos super bem, a comida lá nao é cara .
Esse dinheiro deu tamben foi para sair na balada , ou tomar umas cervejas nos bares ?
Claro que não…até tomamos uma cerveja um dia ou outro, mas o foco era outro.
As pessoas falam tanto de Barcelona , com é o mercado de skate por lá, existe um mercado Espanhol consolidado, ou é todo” adestrado” pelos americanos ?
O mercado lá e pequeno, existem algumas marcas locais ,bem poucas, mas muito skate acontecendo, muita condição de melhorar.
Você um dos grandes talentos do Brasil , e um cara que sempre trouxe para dentro do skate nacional uma evolucão diferente, olhando para trás você conseguiu cumprir com todas as tarefas de um skatista moderno, ou ainda falta muita coisa que ainda queira fazer com seu skate ?
Sem duvida quero fazer muita coisa ainda , muita mesmo, quero evoluir mais e mais, tem muita manobra que estou quase acertando, muitas que ainda vou aprender, e crescer e amadurecer como pessoa, o skate brasileiro precisa disso.
Agradeço a Deus, meu filho Guilherme, minha esposa Luciana, meu pai, minha mãe, meus amigos que eles sabem quem são e aos meus patrocinadores Urgh, Urghstore, ÖUS, Eleven, Arena Concept Board, Type-S e BS CREW.
Entrevista : Jorge Costa
Fotos : Marcelo Mug e Robson Sakamoto
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